segunda-feira, 19 de julho de 2010

Paul McCartney ajuda a editar jornal

Paul McCartney e as filhas Mary e Stella ajudam a editar o suplemento especial dedicado à dieta vegetariana publicado hoje (18/07/2010) pelo jornal dominical britânico "The Observer".

"Fiz muitas coisas na minha vida, mas é a primeira vez que pediram para mim e minha família editar um suplemento de revista", diz o músico na apresentação.

Paul conta que, quando ele e sua primeira mulher, Linda, criaram os filhos com uma dieta vegetariana, a razão principal era o profundo amor que sentiam pelos animais.

"Mas assim que vimos que as cozinhas de muitas culturas tinham pratos que evitavam a carne, começamos a explorar várias opções e, em breve, nos deparamos com um enorme repertório de comida saudável e, o que é mais importante, muito saborosa", conta.


O ex-beatle promove atualmente uma campanha para que se evite comer carne nas segundas-feiras, como forma de poupar o meio ambiente.

Ele lembra que, segundo um relatório das Nações Unidas, a indústria criadora de gado mundial é responsável por mais emissões de gases estufa que todo o setor de transportes.

Stella McCartney explica que o número especial que editaram não tenta transformar os leitores em vegetarianos, mas fazê-los ver que uma dieta do tipo pode ajudar a levar uma vida mais saudável e ecológica, alem de mais barata.
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/768672-paul-mccartney-e-filhas-editam-encarte-vegetariano-de-jornal.shtml

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vegetariano durante a semana?

Óleo de soja pode virar combustível renovável

O avanço tecnológico e o crescimento da população ampliam a demanda por produtos e serviços. Simultaneamente, surge também uma preocupação ambiental com as consequências que essa produção pode causar. Restaurantes e lanchonetes do bairro de Copacabana, por exemplo, produzem cerca de 130 mil litros de óleo de soja por ano. O que se discute agora é qual deve ser o destino apropriado do óleo e os possíveis impactos ambientais que um despejo na rede de esgotos poderia causar.
Para aprofundar o assunto, o Olhar Vital conversou com o professor Rogério Valle, coordenador do Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão da Produção (SAGE) e um dos coordenadores do estudo premiado pela ONU, que prevê o aproveitamento do óleo por meio de coleta seletiva e instalação de usina de produção de biodiesel em Copacabana.
O estudo se originou do projeto do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig) da Coppe/UFRJ. Sua principal proposta é a criação de usina com produção de biodiesel a partir de qualquer óleo, inclusive óleo de fritura produzido nas cozinhas. “A partir daí, o Sage passou a realizar análise do ciclo de vida do óleo e do biodiesel, uma questão muito importante para a sustentabilidade, pois, assim, seria possível identificar e quantificar todos os impactos ambientais que decorrem da existência desses combustíveis”, afirma Rogério Valle.
Assim, a proposta resultante do estudo é instalar uma mini-usina no bairro de Copacabana, onde se realizaria coleta seletiva do óleo, que seria encaminhado a usina para a produção de biodiesel. A escolha do bairro se deu pelo fato da existência de muitos restaurantes e hotéis, que contam com alto volume de produção anual.
Hoje, no país é comum uma cultura de descarte do óleo na rede de esgotos. Segundo Rogério, muitas vezes pensamos que isso pode ser ocasionado pela deficiência de informação sobre o assunto, “porém, na verdade, o que acontece é uma falta de alternativas para o despejo de óleo. A coleta seletiva para a produção de biodiesel pode ter uma destinação mais adequada”, aconselha o professor.
O lançamento de óleo na rede de esgotos pode causar sérios problemas ao ecossistema, pois isso aumenta quantidade de matéria orgânica na água. Dentre as consequências, observa-se a mudança na vegetação, e com isso, há mudança também de toda a relação do ambiente. “Outro ponto é a contaminação das águas por matéria orgânica, o que provoca certas restrições a banho”, informa Valle.
A partir daí fala-se bastante em energias renováveis. O biodiesel é um combustível renovável bastante utilizado, no lugar dos combustíveis oriundos do petróleo. Inclusive, existem leis que preveem maior utilização do biodiesel nos combustíveis de automóveis. Até 2013, a composição química do combustível deve ter até 5% de biodiesel, o que mostra, segundo o professor, grande avanço da utilização de energias renováveis.
Além desse benefício ambiental, Rogério aponta também o benefício econômico, a partir da geração de emprego: “prevemos que possam ser criados pelo menos quatro empregos diretos na operação da planta-piloto, mas o numero mais significativo é da oferta de empregos das cooperativas: por volta de 20 pessoas em cada empresa.” Nesse sentido, espera-se que o projeto se concretize e seja utilizado não só em Copacabana, mas em outros bairros do Rio de Janeiro. “Assim, o impacto ambiental presente no Estado poderia ser um pouco minimizado”, conclui Valle.