domingo, 4 de outubro de 2009

Qual óleo de cozinha devo usar?

Pergunta: Minha dúvida é em relação a qual óleo de cozinha usar. Evito algumas marcas que sei que é transgênica, porém não conheço todas para saber qual devo ou não comprar. Qual óleo vocês recomendam utilizar?

Resposta: Para saber quais óleos de milho e soja são transgênicos, orientamos entrar no site da Greenpeace que eles tem a lista de alimentos transgênicos.
Aconselhamos nunca comprar o óleo de CANOLA, pois é SEMPRE transgênico.

As opções livres de transgênica, por enquanto, são o de girassol e de arroz.

Mas LEMBRE: todo óleo processado a altas temperaturas e industrializados como esses, são de baixa qualidade - ver texto abaixo extraído do livro Alimentos Orgânicos da Dra. Elaine de Azevedo:

Opções:

1. usar pouca quantidade de óleos processados termicamente, especialmente para refogar ou para eventuais frituras;
2. usar óleos processados a frio (girassol, oliva, alho, linhaça) NO FINAL DAS PREPARAÇÕES
3. variar também com a gordura de coco.
Os óleos vegetais encontrados no mercado (soja, canola, milho, entre outros) foram desenvolvidos pelas indústrias alimentares a partir do aumento gradativo da produção agrícola de grãos, na década de 50.

Atualmente, esses óleos ocupam um papel privilegiado na dieta e são incentivados como promotores da saúde vascular. Porém, é preciso conhecer a origem e o processamento desses óleos para compreender o questionamento que se faz sobre o seu consumo irrestrito.

Os óleos polinsaturados são normalmente extraídos de grãos produzidos convencionalmente com grande utilização de agrotóxicos. Durante o processo de extração, os grãos são submetidos a alta pressão, temperatura elevada e são utilizados solventes à base de petróleo para maximizar a retirada da parte gordurosa. Como conseqüência desse processo altamente agressivo, as cadeias de ácidos graxos insaturados são desestabilizadas, a vitamina E é totalmente desnaturada e esses óleos se oxidam ou se rancificam. Aditivos químicos são colocados para repor a vitamina E, evitar a oxidação e para obter um óleo de maior durabilidade. Esses óleos, ao serem submetidos ao calor, ao oxigênio e à umidade durante o processamento, produzem radicais livres - moléculas quimicamente instáveis e reativos. Ao final, o produto passa por um processo de refinamento para maximizar a retirada dos resíduos de metais pesados provenientes dos solventes utilizados durante a extração.

Além disso, os óleos extraídos comercialmente estão na forma de ácido linoleico ômega-6, duplamente insaturado e contém pouco ácido linolênico ômega-3, triplamente insaturado.

O grande incentivo da área da saúde para consumo de óleos vegetais veio a partir do crescimento da indústria de óleos, impulsionada por excedentes de produção agrícola convencional e pelas indústrias de alimentos que estimulam pesquisas na área da saúde, sob um enfoque causal reducionista de que gordura faz mal (ver atigos sobre gordura no PORTAL ORGÂNICO - SITE GASTRONOMIA - TÓPICO: ARTIGOS)

A forma ideal de obtenção de óleos é a de pressurização a frio, sem adição de aditivos. Os azeites e óleos obtidos dessa forma mantêm seu valor térmico e também as substâncias antioxidantes e aromáticas, as vitaminas lipossolúveis, os corantes e os oligoelementos presentes no grão de origem.

No Brasil, infelizmente, essa forma de obtenção ainda é incipiente. Agricultores familiares já se organizam e colocam no mercado interno óleos orgânicos, pressurizados a frio, de girassol, de palma e de outras sementes de fácil obtenção.A gordura de coco também úma ótima opção. Esses óleos podem ser encontrados em lojas de produtos naturais e orgânicos.


Fonte: Participou da resposta a Dra. Elaine de Azevedo - consultora/colunista do site de Nutrição Orgânica do Portal Orgânico

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