terça-feira, 3 de novembro de 2009

Suecos se preocupam com comida para reduzir aquecimento global

Informações sobre a quantidade de dióxido de carbono emitido na produção dos alimentos começaram a aparecer em rótulos e cardápios na Suécia, desde de vegetais nos supermercados até lanches de fast-food. E a tendência deve crescer. A ideia por trás disso é a de que mudanças na dieta podem ser tão eficazes na redução dos gases que causam problemas climáticos quanto modificações nos automóveis.


O Departamento de Nutrição do órgão que administra os alimentos na Suécia elaborou novas diretrizes de alimentação que levam em conta tanto a saúde da população quanto o clima. O governo recomenda, por exemplo, que os suecos prefiram cenouras em vez de pepinos e tomates, que, por serem cultivados em estufas aquecidas, consomem energia.

Peixes, por mais saudáveis que sejam, não estão entre os conselhos da nova dieta, pois as reservas de pesca da Europa estão se esgotando.

Carne vermelha é altamente desaconselhável. Alguns suecos afirmam que sentem uma sensação de culpa quando consomem alimentos derivados de gado.

Se as novas orientações alimentares foram seguidas, a Suécia pode conseguir reduzir entre 20% e 50% a emissão de gases na produção de alimentos. Um estudo recente estima que cerca de 25% das emissões produzidas por pessoas em países industrializados podem ser rastreadas até a comida que elas consomem.

Nem todos os alimentos iguais têm o mesmo impacto sobre a emissão de gases. Antes, os estudos focavam nos custos ambientais do transporte de alimentos e de criação de gado, mas pesquisas mais recentes mostram que as emissões dependem de muitos fatores, começando pelo tipo de solo usado para cultivar os alimentos.

A partir de 2010 a KRAV, principal órgão de certificação de produtos orgânicos da Escandinávia, vai começar a exigir que os agricultores usem técnicas de baixa emissão de gases se quiserem exibir o seu selo de procedência. Produtos de estufa, por exemplo, podem não ser mais considerados orgânicos pela KRAV.

Há produtores argumentam que as novas regras são demasiadas complexas e ameaçam os lucros.

A Suécia tem sido um líder mundial em encontrar novas maneiras de reduzir emissões de gases. O país prometeu eliminar o uso de combustíveis fósseis na geração de energia elétrica até 2020 e acabar com os automóveis movidos a gasolina até 2030.
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